Revista Lapa Legal Rio

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A Revista que resgata a Lapa como cultura e lazer.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

A LAPA VIRA BAIRRO - LEI SANCIONADA PELO PREFEITO EDUARDO PAES

 
Que a Lapa tem lugar de destaque no mapa da boemia carioca, ninguém discute. Mas o que pouca gente sabe é que, até agora, a região não tinha um lugar nas cartas geográficas da cidade, pois não passava de uma parte do Centro. A situação muda hoje, quando é publicada, no Diário Oficial, a lei sancionada pelo prefeito Eduardo Paes que torna a região independente. Agora, a Lapa é um bairro — de fato e de direito.


Na prática, pouca coisa (ou quase nada) muda. O ato tem um valor muito mais simbólico, já que se trata de uma área com características tão peculiares, argumenta o prefeito.


— As pessoas dizem que a Lapa renasceu. Mas, na verdade, eu acho que ela nunca esteve tão boa como hoje. É claro que ainda há uma série de problemas a serem resolvidos, mas esse é um processo gradual — diz Paes.


O desabamento parcial de um sobrado na Rua do Lavradio, na terça-feira, não deixa dúvidas: a região necessita de cuidados. Para resolver questões de segurança, limpeza e desordem urbana, que ainda deixam a desejar, o prefeito pretende implantar uma Unidade de Ordem Pública no bairro:



— É claro que a Lapa continuará com a sua característica de boemia e festa, mas tudo com ordem fica mais agradável.



Festa é o que não falta na Grande Lapa, que vai muito além da Avenida Mem de Sá e da Rua do Lavradio. O novo bairro começa na Rua André Cavalcanti (perto do Bairro de Fátima) e segue até a Glória, incluindo o Passeio Público e indo quase até a Praça Tiradentes.



Desde 2010, quando a Mem de Sá passou a ser fechada ao trânsito nas noites de sexta e sábado (entre 22h e 5h), o que era bom ficou ainda melhor, e o movimento cresce a passos largos. De um mês para o outro, abrem novos estabelecimentos — e fecham outros tantos.



— A nova Lapa fez aumentar os aluguéis de forma insustentável para uma galeria de arte com o perfil da nossa — lamenta Raimundo Rodriguez, sócio de A Caza Arte Contemporânea, que, depois de funcionar durantes 14 meses na Rua do Resende, foi obrigada a fechar as portas há 15 dias.



Para mapear a área em constante renovação, a equipe do Rio Show percorreu a Lapa e listou 101 bons motivos para bater perna por ali. Entre casas de show (que há tempos não são só mais do samba que ajudou a revitalizar não só a área, mas a música carioca), restaurantes, bares e lojas descoladas, destacamos lugares abertos há pouco tempo.



Entre elas, está o Só Kana, filial da tradicional casa de batidas da Tijuca, que abriu as portas no fim do ano passado num ponto cobiçado: o epicentro da muvuca, no início da Mem de Sá e de cara para os Arcos. O bar ocupa um casarão de três andares, mas as mesas mais concorridas são as que ficam ao ar livre, na calçada, de onde dá para comer e beber diante de um visual único.



Um pouco adiante, em frente ao Teatro Odisseia, desde fevereiro funciona o Catrin Gastropub, do casal Isabel Gouvêa e Renné Flores. Ela também é dona de um restaurante na Bahia; e ele, que é mexicano, tem um no seu país.



— O cardápio é prioritariamente mexicano, mas com uns toques da culinária baiana — explica Isabel, acrescentando que a carta de drinques, elaborada por Walter Garin (da escola de coquetelaria Shake-RJ), também mereceu atenção especial.



No palquinho montado no salão, rolam shows de música eletrônica, jazz, rock e blues. Pertinho dali, fica o La Esquina Teatro Bar. Funcionando em cima do Belmonte, na esquina (claro!) da Mem de Sá com a Lavradio, a casa foi aberta em janeiro no lugar do Lapinha. O espaço de 190 metros quadrados, com pé-direito alto e janelões, tem uma decoração que mistura elementos rústicos e modernos, um bar e um palco, onde, além de shows, haverá, em breve, peças. O menu no uruguaio Hernan Olguin traz pratos típicos de seu país, como champignons recheados com mozzarella de búfala e molho de shiitake com manjericão (R$ 25). A carta de drinques foi elaborada pelo barman Fabian Martinez, também uruguaio, e traz opções como o Amante Latino (vodca, abacaxi, hortelã, gengibre e água tônica, a R$ 16,90). A trilha sonora tem black music, rock e música eletrônica, sob o comando do DJ Leandro Ravaglia.



— A nossa ideia é criar um espaço que fuja do tradicional samba, chope e bolinho de bacalhau. Oferecemos opções de pratos e bebidas requintados, com um preço acessível ao frequentador do bairro — explica o gerente, Diego Speranza.



Boate com visual inspirado em Las Vegas



Quer outro exemplo da diversidade musical do bairro? Então visite a boate Tipsy, na Rua dos Inválidos, com visual inspirado em Las Vegas (!) e dois andares. O primeiro, ainda em obras, terá sushibar decorado com um megaaquário de carpas e pista de dança. No segundo, outra pista, com direito a camarotes.



— A nossa programação musical é bem variada. Vai desde o funk e eletrônico até o sertanejo — conta Christian Vieira, DJ residente da casa.



Se alguns fogem à tradição do samba, outros se agarram a ela — e com muito orgulho. É o caso do Sublime Relicário, que abriu em janeiro, na Gomes Freire, e é dos donos do extinto A Um Passo da Vila (em Vila Isabel), que era frequentado por figuras como Seu Jorge, Emílio Santiago, Beth Carvalho, Xande de Pilares, Fundo de Quintal e Mart’nália. Na decoração da nova casa, além de imagens do Rio, há fotos desses artistas tocando no antigo bar.



— A nossa casa em Vila Isabel era uma referência. Grandes artistas foram revelados lá. Agora, queremos continuar ajudando a revelar novos talentos. Por isso, abrimos espaço para jovens artistas — diz Ecy Airoldi, acrescentando que as segundas-feiras são dedicadas a artistas evangélicos.



O cardápio inclui pratos de massa e carnes. Um dos destaques é a cafta metida a besta, acompanhada de molho de hortelã e azeite (R$ 16). O bar tem cervejas, whiskys e vinhos importados, além de uma grande variedade de coquetéis.



Do outro lado do bairro, no limite com a Glória, outra boate faz barulho na noite. É a La Passion, na esquina das ruas Augusto Severo e Joaquim Silva. Com uma ampla estrutura, a casa conta com estacionamento próprio, sushi bar, uisqueria e tabacaria — além da pista de dança, claro.



— Nosso público é muito variado, e a trilha sonora vai de música eletrônica a black music. Uma novidade são as apresentações de stiletto, uma nova modalidade de dança, no terceiro andar — conta o gerente Damião Vieira de Souza.



Pertinho dali, um bar com toque de galeria de arte vem chamando a atenção de quem passa pela porta, na Rua da Lapa. O nome, Toca da Formiga, é uma referência à escultura gigante do inseto carregando um Fusca de verdade, que fica no meio do salão. A obra é de Márcio Barata e Cristina Moretti e, assim como todas as outras em exposição no local, está a venda. O preço: R$ 180 mil.



A programação é voltada para bossa nova, MPB e samba e jazz, em shows bem intimistas. O bar traz um cardápio com cervejas e uísques importados e nacionais. Já a cozinha, atualmente, é voltada exclusivamente para caldos, mas, em breve, a ideia é que seja ampliada.



— A Toca da Formiga é na verdade um ponto de cultura, em que a pessoa pode escutar boa música e apreciar obras de artistas plásticos variados — explica o dono do bar, Antônio Barros.



Sem medo de saturação, empresários continuam a investir na Lapa, que no mês que vem ganha mais duas casas bacanas. Uma delas é o Barzinho, sociedade de Rodrigo Penna (idealizador da festa Bailinho) e Fabio Battistella, sócio do Meza Bar e do Doiz, no Humaitá. Previsto para abrir dia 12 de junho, na Rua do Lavradio, terá shows, DJs convidados, espetáculos de stand-up comedy e esquetes teatrais.



— Colagens, cores, tipografia... O Barzinho traz muito do meu jeito de ver a arte e o mundo. Vou poder realizar muitas ideias que não cabiam no Bailinho. A casa será uma imensa colcha de referências minhas e do Fabio. Além de sermos amigos, somos da mesma geração — diz Penna.



O ambiente tem 350 metros quadrados, 12 metros de pé-direito e três andares. A cenografia, de Sergio Marimba, mescla imagens de santos com brinquedos antigos. Cartazes antigos de filmes e peças decoram as paredes, que também terão placas de acrílico coloridas.



A casa oferecerá drinques e cardápio assinado por Battistella, em parceira com a chef Fernanda Farte, com petiscos clássicos repaginados, como frango à passarinho, carne-seca, batata frita, croquete e escondidinhos e pastéis.



— O cardápio não é metido a besta, ao contrário, segue a linha popular, com ícones das mesas de bar da cidade, porém com opções que fogem do básico — conta Battistella.



Também em junho, o concorrido Enchendo Linguiça, do Grajaú, abre uma filial na esquina da Mem de Sá com a Inválidos. Instalado num casarão de três andares, o novo empreendimento dos irmãos Fernando Breschnik e Cláudio Toscano seguirá à risca a receita de sucesso da casa original, com embutidos caseiros e opções no cardápio como o tradicional joelho de porco à pururuca (R$ 49,90). Entre as opções do mar, novidades, como o bacalhão, um bolinho feito de bacalhau com camarão que não leva ovo ou farinha (R$ 4,20).



Outra casa que também está para inaugurar em breve — depois de anos de obras — é a Sarau, o primeiro sobrado do lado direito da Mem de Sá. Alvo de polêmica por ter aberto uma porta numa parede lateral que abrigava um grande painel de grafiteiros, a casa ainda não tem data de abertura definida. Procurados, os donos da casa preferiam não dar mais detalhes sobre o empreendimento.



Mais um endereço para reforçar o reinado da Lapa no mapa da boemia.


Fonte:  http://oglobo.globo.com/rio/agora-lei-boemia-da-lapa-esta-no-mapa-4934646#ixzz1vX72WzCF

quarta-feira, 16 de maio de 2012

MOVIMENTO DEFESA DA MULHER




Defesa da Mulher é um movimento de mulheres que pretende divulgar todo tipo de violência praticada contra mulheres no Brasil e lutar pela melhoria no atendimento nas Delegacias Especializadas e Casas Abrigo. O objetivo é contribuir para aprofundar o debate sobre a violência, aborto, direitos e lutas das mulheres.







Contatos: Jô A. Ramos
Tels: 21 9968-8114

sexta-feira, 11 de maio de 2012

ALIMENTAÇÃO INCLUSIVA PARA ALUNOS DE CAXIAS

Projeto Revolucionário muda a saúde dos alunos da rede municipal de Duque de Caxias

Sem açúcar, lactose ou gordura, mas sempre preparados com muito afeto. De olho na saúde das crianças, a Secretaria de Educação de Duque de Caxias implantou um projeto de alimentação inclusiva em toda a rede municipal.

O objetivo é atender — com um cardápio diferenciado — crianças com restrições alimentares causadas por problemas de obesidade, diabetes, baixo peso ou intolerância à lactose e à proteína. No ato da matrícula, a criança passa por uma avaliação e começa a receber também acompanhamento de médicos e nutricionistas.

O cardápio prioriza a alimentação correta explica a secretária municipal de Educação, Rachel Barreto: — As refeições têm legume, verdura, cereal e proteína, evitando a gordura e o açúcar. Além disso, as unidades recebem kits específicos como leite e carne de soja, além de preparados para diabéticos. Investir na alimentação é cuidar da saúde.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Movimento Defesa da Mulher vai Homemagear Roberta Barreto

Roberta Barreto é professora de história, foi debatedora do programa "Manhã da Globo", na rádio globo do Rio de Janeiro durante 8 anos, hoje participa do programa "Botequim da Globo" com Loureiro Neto e é especialista em Gestão Escolar e Gerência de Projetos. Ela é professora da rede estadual e municipal, já foi diretora do Ciep Marie Curie e apresentou o programa "Nossa Cidade e Revista Eletrônica" na TV Bandeirantes. Sempre lutou pela democracia na educação e acaba de levar para o município de Duque dede Caxias a UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).

A carreira profissional e a formação acadêmica de Roberta se consolidaram após uma série de outras atividades, como consultora em Educação. Em 1997, assumiu a Secretaria Municipal de Educação de Duque de Caxias, onde ficou até 2004. Neste período, a pasta tornou-se referência nacional em vários projetos, como na Educação Especial e na criação do programa de Formação Continuada para professores da rede. Ocupou a função de secretária executiva e assessora especial da Fundec, em janeiro de 2009 e em 2010, ela foi promovida à presidente da Fundação. Depois de implantar 27 cursos gratuitos e mais de 7 projetos que atendem jovens do município, a professora voltou a ocupar o posto de Secretária de Educação de Duque de Caxias.

Como secretária levou para a Baixada Fluminense o Campos Universitário da UERJ e agora prepara-se para inaugurar o Centro de Referência em Educação Integral que vai atender mais de 400 alunos, no horário de 8 às 17h, com atividades esportivas e culturais, salas de leitura e salas de informática. Tudo gratuito.  Por tudo isso o Movimento Defesa da Mulher vai homenagear Roberta Barreto com a entrega do troféu "MULHERES EM AÇÃO - EDUCAÇÃO 2012", no final de maio.

terça-feira, 1 de maio de 2012

DIA DO JAZZ - 30 DE ABRIL

As capas dos 10 episódios da série documental "jazz", de Ken Burns: imperdível. A Unesco definiu, em conferência geral realizada em novembro do ano passado, que 30 de abril seria a cada ano o Dia Internacional do Jazz. E para celebrar a primeira edição, HOJE, organizou grandes eventos com participantes de peso na cidade considerada o berço do gênero (New Orleans, no Estado norte-americano da Louisiana, com a presença do bandleader Hugh Masekela e a cantora Dee Bridgewater, entre outros) e na metrópole que melhor o acolheu (Nova York, tendo a cantora Dianne Reeves e o trompetista Terence Blanchard na programação), além de uma pré-comemoração na sexta-feira, 27, em Paris, com show de Wynton Marsalis. O pianista Herbie Hancock, 72, um dos maiores jazzistas vivos e embaixador da boa vontade da entidade ligada à ONU, foi recrutado como anfitrião nas festas parisiense e novaiorquina. Mas é claro que não é necessário estar em nenhum destes concertos para celebrar um dia comemorativo de mote tão especial. A primeira sugestão (aguardem outras) é começar o tributo por Jazz, o documentário definitivo sobre o gênero, dirigido pelo americano Ken Burns e lançado em 2001 (no Brasil, foi levado ao ar pelo canal de TV paga GNT). Também disponível em DVD. São quase 19 horas de amplas contextualização histórica, análise, vídeo e fotos raros e, claro, muita música boa. Os 10 episódios (infelizmente sem legendas) estão disponíveis – por enquanto – no YouTube. É imperdível. Fonte: Revista Veja